Quem ama cuida! Assim diz o poeta, o cantor, o escritor e tantas pessoas que procuram uma linguagem adequada que o ajude a expressar essa bela atitude de quem porta em si o dom de amar. Contudo, somos cientes de que na convivência, por vezes, nos deparamos com testemunhos contrários. Então, como compreender o amor e a bela arte de saber cuidá-lo?
Pra mim, o amor é um sentimento nobre que pode ficar pobre, se não há cuidado. Nos meus aconselhamentos, algumas pessoas dizem que perderam o sentimento do amor. Acredito que isso realmente pode acontecer. E isso acontece quando se deixa de lado a simples atitude do cuidado. No descuido em relação ao amor, a incompreensão e a falta de ternura levam o amor a perder a sua beleza. Assim, as virtudes que existiam no início do relacionamento amoroso aos poucos vão perdendo a sua força atrativa, criativa e dinâmica. O fogo da paixão se consome em lenhas de amarguras, angústias e sofrimentos!
As marcas do tempo, como um cruel vilão, aparecem. A beleza física deixa de ser a mesma. E as primeiras vítimas que se deixam consumir pelo inimigo do tempo são justamente aqueles que dão maior importância ao ter e ao poder. Todavia, se há amor verdadeiro (de verdade verdadeira, como me disse uma pessoa especial) o tempo, como algoz, não apaga a beleza essencial que dá sentido ao amor. Pois aos olhos de quem ama, o amado/a é sempre o mesmo/a.
Para quem sabe cuidar o amor é cego. E ainda bem que ele seja assim. Pois o amor não tem olhos para o ter e o poder, frutos da retribuição. O amor tem os olhos da gratuidade. E a gratuidade faz parte do amor assim como o amor faz parte da gratuidade. Não há amor verdadeiro sem gratuidade, nem gratuidade que não seja uma atitude do amor. Portanto, se amo esperando retribuição e não gratidão, aí ainda não há amor verdadeiro.
A essência do amor é a liberdade. Ninguém pode prender ou impedir o sonho de ninguém. Muito menos de quem ama. Onde há dominação de sonhos não há amor e sim sentimentos mesquinhos de poder e controle sobre os sentimentos. E o mais cruel dos sentimentos mesquinhos é o ciúme desmedido. O ciúme é o contrário do cuidado. O ciumento acredita que o outro é seu objeto e, que por isso, não o deixa livre para ser ele/a mesmo/a.
Busquemos viver o amor com intensidade. Cuide-se de si mesmo e de quem (pessoa) ou de que (causa) você ama! Pois, o amor é expressão divina presente no sentimento humano que exige primeiramente amor próprio. Assim, vivendo o seu amor na gratuidade, você sentirá a liberdade de ser você mesmo em plenitude. Isso é saber cuidar do amor!
A imagem: google busca. Texto: Francisco Geovani Leite
muito verdadeiro,parabéns e precisava ler isso,pois,estou vivendo isso atualmente,ou seja,qdo dos outros e esqueço de mim!!abraços e feliz 2011!!
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